Deuses Gregos (Neopaganismo)²

Apolo

Na mitologia grega e romana, Apolo é um dos deuses mais importantes e com mais aspectos. Filho de Zeus e Leto, tem uma irmã gêmea, Ártemis. Os etruscos o chamavam Apulu. Seu epíteto mais usado, tanto por gregos quanto por romanos.
Apolo foi considerado deus da luz e do sol; da verdade e da profecia, do tiro ao arco; medicina e cura; música, poesia e artes; e mais.
Como padroeiro de Delfos, Apolo era um deus oracular, a divindade profética do Oráculo de Delfos. A medicina e a cura eram associadas com Apolo, diretamente ou por mediação de seu filho Asclépio. Apolo era visto como o deus que podia trazer a doença e pragas mortais, bem como o que tinha a capacidade de curá-las.
Na Ilíada Apolo se coloca contra os gregos, e luta pelos troianos semeando a peste entre os soldados gregos, e derramando sobre eles seus raios de fogo como uma chuva de flechas certeiras. Apolo foi o responsável pelo antagonismo entre Agamemnon e Aquiles, protegeu os heróis troianos Pandaros, Páris e Enéias, e também Heitor enquanto pôde, frustrou as investidas de Pátroclo, Diomedes e Aquiles, e foi quem conduziu a flecha de Páris que matou Aquiles. Quando Glauco foi ferido por uma flecha de Teucros, orou para Apolo, que imediatamente fechou a ferida e devolveu-lhe as forças. Na Ilíada Apolo também aparece como o deus da música, tocando sua lira para o deleite dos imortais, e como o guardião dos cavalos de Eumelo, e do gado de Laomedonte.

Hermes

Uma das doze divindades gregas do Olimpo, o deus grego dos viajantes, pastores, mercadores, banqueiros, ladrões, adivinhos e arautos, correspondente a Mercúrio entre os romanos, com características de um deus místico do universo. Era filho de Zeus e da ninfa Maia, uma das Plêiades, nasceu na Arcádia, revelando logo extraordinária inteligência. Com suas sandálias aladas, veloz como o vento, ele servia como mensageiro dos deuses e conduzia os mortos para o mundo inferior.
Divindade muito antiga, Hermes era invocado, a princípio, como deus dos pastores e protetor dos rebanhos, dos cavalos e animais selvagens e com o tempo também tornou-se adorado como deus do comércio, do vento e da velocidade, da ginástica, dos números, do alfabeto e de muitas outras coisas.
Mesmo após a grande crise por que passou a religião grega, com o martelamento dos teplos de seus deuses pelo imperador Flávio Teodósio, Hermes continuou vitorioso, através, claro está, de mil vicissitudes.
Assimilado ao deus egípcio Tot, mestre da escritura e, por conseqüência, da palavra e da inteligência, mago terrível e patrono dos magos, que, já no século V a.C, era identificado a Hermes, como ensina Heródoto. No mundo greco-latino, sobretudo em Roma, com os gnósticos e neoplatônicos, Hermes Trimegisto se converteu num deus muito importante, cujo poder varou séculos. Na realidade, Hermes Trimegisto resultou de um sincretismo, como já se assinalou com o Mercúrio latino e com o deus "ctônio" egípcio Tot, o escrivão da psicostasia no julgamento dos mortos no Paraíso de Osíris e patrono, na Época Helenística, de todas as ciências, sobretudo porque teria criado o mundo por meio do logos, da palavra.

Ártemis

Na Grécia, Ártemis era uma deusa ligada inicialmente à vida selvagem e à caça.
Durante os períodos Arcaico e Clássico, era considerada filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de Apolo; mais tarde, associou-se também à luz da lua e à magia.
Letó esperava gêmeos, e Ártemis, tendo sido a primeira a nascer, revelou os seus dotes de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo.
Apesar dessa imagem protetora, Ártemis exibia facetas cruéis: matou o caçador Órion; condenou à morte a ninfa Calisto por deixar-se seduzir por Zeus; transformou Acteão em cervo para ser despedaçado por sua própria matilha e, com Apolo, exterminou os filhos de Níobe e Anfião para vingar uma suposta afronta.
Suas ocupações principais eram a caça e a dança, no que se fazia acompanhar das ninfas.

Dionisio

O deus grego do vinho, das festas, do prazer e do delírio místico. Filho da princesa Sêmele e de Zeus, foi o único deus filho de uma mortal. De todas as divindades, era a que mais aproximava dos homens.
Sua mãe morreu antes que tivesse o necessário desenvolvimento, Dioniso passou parte de sua gestação na coxa de seu pai, Zeus.
Desde muito cedo demonstrou sua origem divina: amante da caça possuía um estranho poder de amansar os animais mais ferozes. Contraiu matrimônio com Ariadne, após esta ser abandonada por Teseu.

Hefesto

Hefesto era conhecido como deus grego do fogo ou Vulcano (na mitologia romana) e também protetor das atividades relacionadas ao metal, era filho de Zeus e de Hera. Comenta-se que o deus do fogo teria nascido muito feio e com aparência de anão, pois tinha problemas na perna. E, por esse motivo a sua mãe Hera muito envergonhada teria o jogado ao mar. Mas com muita generosidade foi recolhida pela deusa Tétis. Ele que produzia os raios e trovões de Zeus com seu poder do fogo e metais. Também construiu o Tridente de Poseidon, as flechas de Apolo e também a armadura de Aquiles na Guerra de Tróia.
Um tempo antes de voltar para o Olimpo, Hefesto se vingou de sua mãe, construiu um lindo trono de ouro e mandou entregá-lo. Sua mãe Hera muito contente, sentou-se no trono, mas nele havia fios transparentes que seguraram Hera no trono e ninguém conseguia tirá-la, até que Hefesto soltou sua mãe e disse que voltaria ao Olimpo apenas se sua mãe lhe desse a mão da mulher mais bela. Foi então que Hera para reparar seus danos lhe deu a mão de Afrodite. Hefesto casou-se com Afrodite, no entanto, apesar da beleza de Afrodite ser muito grande, seu caráter não era.

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