Quando alguém fala no nome Winchester com certesa você pensa em Supernatural, mas
você sabia que existiu uma família Winchester? Os criadores dos rifles
Winchester, mas você já ouviu falar na maldição da família Winchester?
A história começa com Sarah Burns, ela nasceu em Connecticut
em 1839, sendo batizada como Sarah Lockwood Pardee. Casou-se em 30 de setembro
de 1862 em New Haven com William Wirt Winchester, filho único de Oliver
Winchester, fundador do rifle Winchester. O casal teve uma filha, Annie Pardee
Winchester, nascida em 12 de julho de 1866. A criança no entanto morreu pouco
depois, vítima de marasmo.
Sarah entrou em depressão profunda, não conseguindo mais
engravidar. Oliver morreu em 1880, seguido por William em março do ano
seguinte, deixando Sarah com 50% das ações da empresa Winchester e uma renda de
1,000 dólares por dia (equivalente, em valores de 2010, a aproximadamente
22,000 dólares diários).
Enlutada, Sarah pensou que sua família pudesse estar
amaldiçoada, procurando a ajuda de espiritualistas para determinar o que ela
poderia fazer quanto a isso. Um médium, que supostamente possuía poderes
paranormais, teria dito a ela que a família Winchester estava amaldiçoada pelos
espíritos de todos aqueles que foram mortos por rifles Winchester, e que ela
deveria se mudar para o oeste e construir uma casa para ela e os espíritos. O
médium teria dito também que Sarah morreria se interrompesse a construção da
casa.
E por incrível que pareça os rifles Winchester foram usados
para farias guerras civis.
Em 1884, ela mudou-se para a Califórnia e adquiriu do doutor
Robert Caldwell uma casa de campo de oito cômodos ainda em obras, situada em um
terreno de 161 acres onde hoje atualmente situa-se a cidade de San Jose. Ela
investiu imediatamente sua herança de 20 milhões de dólares na reforma e
ampliação da casa, com obras realizadas 24 horas por dia, sete dias por semana,
365 dias por ano, pelos próximos 38 anos. Fascinada com o número 13, ela o
projetou em diversos locais da mansão, que tem treze banheiros, treze
candelabros e janelas com treze seções de vidros, entre outros.
A construção da mansão só foi interrompida com a morte de
Sarah em 5 de setembro de 1922, aos 83 anos, de insuficiência cardíaca. Ela foi
sepultada próxima a seu marido e filha no Cemitério Evergreen em New Haven,
Connecticut.
Deixou um testamento dividido em 13 partes, assinado por ela
treze vezes. A casa e sua mobília foi deixada para a sobrinha de Sarah, Marian
Merriman Marriot, que escolheu o que queria e leiloou o restante.
Foram precisos seis caminhões de mudança e doze pessoas
trabalhando por aproximadamente dois meses até que a casa estivesse totalmente
vazia. O local foi então vendido e transformado em uma atração pública,
conhecida por suas muitas escadarias e corredores que levam a lugar nenhum, com
as primeiras visitas realizadas em fevereiro de 1923, cinco meses após a morte
de Sarah.