Halloween!!!

Quem nunca assistiu a um filme em que crianças fantasiadas batem de porta em porta e perguntam: “Travessuras ou Gostosuras”? Ou então não se encantou com as centenas de séries, filmes e desenhos animados com seus magos, bruxas e afins? Ou não se assustou com algum filme de terror em que um serial killer mascarado escolhe uma data do ano para atacar e matar quem estiver em seu caminho? Isso tudo tem estreita relação com uma famosa data celebrada no dia 31 de outubro: O Halloween, ou Dia das Bruxas. O Halloween, como nós o conhecemos, tem suas origens nas regiões da Gália e as ilhas da Grã-Bretanha, por volta dos anos 600 a.C. a 800 d.C; mas inicialmente não era relacionado à bruxaria. A data, na realidade, é um dos festivais do calendário celta, a comemoração do Samhain (pronuncia-se Souen ou Sauáin, significa literalmente “fim do verão”, em irlandês), que celebrava o fim do verão e ocorria entre os dias 30 de outubro e 7 de novembro. Podemos dizer que o Halloween tem duas origens distintas: a pagã e a cristã.

Origem pagã:

A religião celta, o druidismo, não tinha registros escritos. Tudo era transmitido oralmente e, portanto, perdeu-se um pouco do conhecimento sobre os significados de determinados conceitos religiosos. Muitos historiadores discordam com relação a determinadas afirmações sobre as tradições religiosas célticas. O que se sabe é que o Samhain era uma festa que comemorava o fim do verão, o início de um novo ano e o final da terceira e última colheita. Começava-se também o armazenamento das provisões para o inverno, que lentamente se aproximava. Uma das bases da sociedade celta era o pastore amento de ovelhas e gado.
Durante a comemoração, os druidas usavam trajes específicos, geralmente constituídos de peles e cabeças de animais. Acreditava-se também que os espíritos dos mortos naquele ano retornavam para visitar seus antigos lares e guiar os familiares ao Outro Mundo e que, algumas vezes, esses espíritos procuravam corpos vivos para possuir e usar pelo tempo que quisessem. Desse modo, na noite de 31 de outubro todas as tochas e fogueiras eram apagadas, o ambiente tornava-se hostil e escuro, e as pessoas vestiam-se com fantasias, folhas e galhadas, desfilando em procissão pelas ruas para assustar os que procuravam corpos para possuir.

Origem cristã:
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III(† 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro).

Samhain
A cada 600 ano é celebrada a volta de Samhain (o demônio Samhain). Na mitologia celta Samhain é considerado como o Deus do sol, Seus sacerdotes eram chamados de druidas, influentes “guias espirituais” e dados à magia e feitiçaria. Os celtas creem que o ano novo deveria ser comemorado na última noite de outubro, pois acreditavam que o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos “inferno” se tornava mais frágil, sendo essa noite a ideal para se comunicar com os que já morreram. Se os vivos não providenciassem alimentos para esses espíritos, coisas terríveis poderiam lhes acontecer. E pior: se não lhes fosse oferecida uma festa nessa data, atormentariam os vivos. Seria uma noite de medo. Os aldeões, amedrontados, acendiam fogueiras para honrar o deus sol, sacrificando-lhes animais e oferecendo-lhes parte das colheitas porque temiam que os espíritos matassem seus rebanhos e destruíssem suas propriedades. A fim de “enganar os espíritos”, eles passaram a se vestir com roupas negras e com máscaras, saindo em desfiles barulhentos pelas ruas, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de “assustar e amedrontar os espíritos que estavam à procura de corpos para possuí-los”. Ofertavam, então, seus sacrifícios em altares adornados com maçã, simbolizando a vida eterna. O vinho era substituído pela cidra, ou suco da maçã – tudo isso misturado com muita música e dança. Mas os celtas não acreditavam em demônios, por isto não sabiam que Samhain se tratava de um demônio, que traria os mortos a vida e a desgraça dos seres humanos.

Jack o lanterneiro
De acordo com a lenda, Jack era um velho fazendeiro alcoólatra, muito grosseiro, e um avarento de péssima reputação. Numa noite de 31 de outubro, ele bebeu demais e o Diabo em pessoa veio levar sua alma. Jack lhe implora mais um copo de bebida antes de ser levado ao Inferno, e o Diabo atende seu pedido. Como estava sem dinheiro para pagar o trago, ele pede ao demônio que se transforme em uma moeda, no que ele concorda. Quando vê a moeda sobre a mesa, Jack a coloca rapidamente em uma carteira que possuía o fecho em formato de cruz, impedindo Satã de sair. O Diabo, furioso, ordena que Jack o tire dali, e o trapaceiro lhe propõe um acordo: libertá-lo em troca de ficar na Terra por mais um ano. Sem opções, o Diabo concorda. Jack até tenta mudar de conduta, mas acaba voltando a ser o velho beberrão violento de sempre. No ano seguinte, como prometido, o Diabo lhe aparece na Noite de Todos os Santos, desta vez para levá-lo definitivamente. Espertalhão, Jack convence o demônio a subir em uma árvore para pegar umas maçãs, a última refeição que ele faria. Ele faz cruzes no tronco da árvore com seu canivete, impedindo novamente o Diabo, que promete desaparecer por dez anos se fosse liberto. Jack não aceita, e exige que o Diabo não lhe aborreça nunca mais, deixando-o em paz para sempre. O Diabo acaba aceitando, e Jack o deixa descer da árvore. No ano seguinte, por azar, ele acaba morrendo. Sua alma, ao chegar no Céu, é prontamente barrada, já que ele teve péssima conduta em vida, cheia de pecados e erros incorrigíveis. Jack tenta entrar no Inferno, mas o Diabo, para honrar o acordo, e talvez temendo mais uma trapaça, também não o aceita. Desse modo, Jack é condenado a vagar pela eternidade no Limbo entre os Reinos da Terra, do Céu e do Inferno. Assim que Satã o rejeita, ele lhe joga uma brasa para iluminar seu caminho no escuro e tenebroso Limbo. Jack coloca o fogo dentro de um nabo oco, e sai vagando pelos entre - mundos. A lenda diz que sua alma penada, conhecida como Jack O´Lantern, vaga pela Terra carregando sua lanterna na Noite de Todos os Santos, em que os véus entre os mundos caem. As lanternas feitas com nabos ocos e brasas ou velas dentro eram muito populares entre os escoceses e irlandeses, que as penduravam nas portas de casa e jardins para evitar Jack e outros espíritos errantes do Halloween, alem de também serem representações das almas falecidas. As famílias desses povos que emigraram para a América levaram essa tradição folclórica, substituindo os nabos pelas abóboras, que eram mais abundantes e mais fáceis de cortar. Logo surgiu a idéia de criar caras assustadoras e outros desenhos artísticos nas abóboras, um costume preservado até os dias de hoje. Interessante lembrar que a cabeça, para os celtas, era o centro do intelecto e da mente, sendo a parte mais poderosa do corpo, o que talvez justifique a transformação da abóbora na cabeça de Jack. Quanto a ele, provavelmente continua vagando pelo Limbo, e no Dia das Bruxas, faz sua visita à Terra…


FORMA QUE OS DEMONIOS MENTEM
Uma forma que os demônios usam para atrair é através de diversão e prazeres. “A astúcia dos insensatos é enganadoras. Os loucos zombam do pecado…” (Pv. 14:8,9; 15:21; Is. 56:12) O demônio se faz agradável, “um anjo de luz” (II Co. 11:14) e ao mesmo tempo faz do Verdadeiro Deus, Javé (Yahweh) e seu Filho, Jesus, parecerem desmancha-prazeres, opostos a diversão (Gn. 3:4,5) o que, obviamente, não é verdade (Jo. 8:44; Pv.10:22).

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