As lendas sobre navios fantasmas sempre estiveram presentes nos mitos e histórias contadas pelos marinheiros. Os perigos presentes nos mares e oceanos foram fonte de temor por parte do Homem, causando o medo pelo desconhecido à formação de várias lendas sobrenaturais.
Junto dos mitos sobre monstros marinhos, que destruíam embarcações aparecendo do nada, existia um terror que punha à prova a valentia dos marinheiros: os navios fantasmas.
Os marinheiros que morriam nas águas, devido aos mais estranhos acontecimentos, penavam como fantasmas, como almas destinadas a navegar os mares eternamente por terem desafiado as forças da natureza e subestimado o seu poder.
Uma das histórias mais famosas e mais antigas é a do Holandês Voador, a lenda nasceu em dois países: Holanda e Alemanha. Segundo a tradição, a embarcação navegava na região do Cabo das Tormentas (hoje, Cabo da boa Esperança, extremo sul da África), na época, um lugar considerado como o mais temível dos oceanos, habitado por monstros, um ponto além do qual nenhum marinheiro se arriscaria nos primeiros anos das Grandes Navegações (na chamada Idade Moderna). Conta-se que o capitão do Holandês desafiou o Diabo em um jogo e perdeu a sua alma e toda a tripulação teria morrido vítima de uma peste. Desde então, o navio e seu capitão teriam sido amaldiçoados, condenados a navegar perpetuamente e causando o naufrágio de outras embarcações que porventura o avistassem. O navio foi visto em 1632 no Triângulo das Bermudas comandado pelo seu capitão fantasma. O marujo disse que o capitão tinha rosto de peixe e corpo de homem, assim como seus tripulantes. Logo após contar esse relato, o navegador morreu. Uns dizem que foi para o reino dos mortos; outros, que hoje navega no Holandês. Durante a segunda guerra mundial, o contra-almirante nazista Karl Donitz, oficial de alto escalão do exército alemão, reportou a Hitler que uma das suas tripulações mais rebeldes comunicou que não iria participar de uma viagem a Suez pois havia visto o Holandês Voador. No ano de 1939, 100 nadadores que descansavam na Baía Falsa, na África do Sul, disseram ter avistado o Holandês Voador.
A Marie Celeste foi construído na Nova Escócia (Canadá) em 1861 e chamava-se Amazon. Em 1869, foi rebatizado como Marie Celeste e com este nome entrou para o rol das lendas sobre navios-fantasma. A troca foi uma tentativa de mudar o "astral" do barco, que sofrera muitos infortúnios e teve muitos proprietários. Providência inútil. Ele parecia maldito desde o começo. Em sua última viagem, em novembro de 1872, partiu de Nova Iorque com um carregamento de metanol, oito tripulantes e dois passageiros. Seu destino era Gênova, Itália. Em dezembro daquele ano foi encontrado à deriva no arquipélago de Açores (território de Portugal), inteiro, com a carga intacta porém deserto. Parecia ter sido deliberadamente abandonado. Manchas de sangue foram encontradas na amurada e uma espada, também marcada com sangue estava escondida debaixo da cama do capitão. O que aconteceu no navio, ninguém soube jamais.
Constellation, o mais antigo navio da frota americana é uma fragata à vela, veloz nave de guerra. Foi construída entre 1794 e 1798 e equipada com 36 canhões. Depois de 63 anos de históricos serviços prestados à Marinha dos Estados Unidos, foi "encostada". Durante alguns anos, reformada, serviu como navio-escola da Academia Naval de Annapolis (Maryland). Enfim, desativada e abandonada começava a deteriorar quando, por iniciativa dos cidadãos de Baltimore (também em Maryland), foi restaurada e aberta à visitação pública, em 1968.
Logo, o zelador do navio começou a suspeitar de assombrações baseado em relatos de visitantes que testemunharam estranhas aparições. O caso chamou a atenção do pesquisador de fenômenos paranormais Hans Holzer que começou a investigar auxiliado pela medium Sybil Leek. As impressões da medium, devidamente gravadas e documentadas passaram à análise do pesquisador. Foi comprovado que as personagens das visões de Leek no Constellation tinham, de fato, existidas. Eram quatro fantasmas e pertenciam a épocas diferentes.
O Capitão Thomas Thruxtum, que em 1799 comandou uma batalha naval contra o navio francês l'Imergent. Thruxtum descobriu um marujo, Neil Harvey, que devia estar de sentinela, escondido, com medo no meio da luta. Condenou-o à morte na boca do canhão nº 3, morte indigna, reservada aos traidores e covardes. O capitão e os condenados eram as duas assombrações mais antigas. Um jovem grumete era a terceira: fora assassinado por dois marinheiros, à bordo, em 1822. O fantasma mais recente era o dinamarquês Carl Hansen, que dedicou sua vida ao navio como vigia; morava na embarcação. Aposentado de sua função em 1963, jamais se acostumou com a vida longe do barco. Já velho, morreu sozinho num asilo, sem família, sem lar, sem amigos. Desencarnado, voltou a habitar o Constellation, única referência afetiva tinha neste mundo.
Junto dos mitos sobre monstros marinhos, que destruíam embarcações aparecendo do nada, existia um terror que punha à prova a valentia dos marinheiros: os navios fantasmas.
Os marinheiros que morriam nas águas, devido aos mais estranhos acontecimentos, penavam como fantasmas, como almas destinadas a navegar os mares eternamente por terem desafiado as forças da natureza e subestimado o seu poder.
Uma das histórias mais famosas e mais antigas é a do Holandês Voador, a lenda nasceu em dois países: Holanda e Alemanha. Segundo a tradição, a embarcação navegava na região do Cabo das Tormentas (hoje, Cabo da boa Esperança, extremo sul da África), na época, um lugar considerado como o mais temível dos oceanos, habitado por monstros, um ponto além do qual nenhum marinheiro se arriscaria nos primeiros anos das Grandes Navegações (na chamada Idade Moderna). Conta-se que o capitão do Holandês desafiou o Diabo em um jogo e perdeu a sua alma e toda a tripulação teria morrido vítima de uma peste. Desde então, o navio e seu capitão teriam sido amaldiçoados, condenados a navegar perpetuamente e causando o naufrágio de outras embarcações que porventura o avistassem. O navio foi visto em 1632 no Triângulo das Bermudas comandado pelo seu capitão fantasma. O marujo disse que o capitão tinha rosto de peixe e corpo de homem, assim como seus tripulantes. Logo após contar esse relato, o navegador morreu. Uns dizem que foi para o reino dos mortos; outros, que hoje navega no Holandês. Durante a segunda guerra mundial, o contra-almirante nazista Karl Donitz, oficial de alto escalão do exército alemão, reportou a Hitler que uma das suas tripulações mais rebeldes comunicou que não iria participar de uma viagem a Suez pois havia visto o Holandês Voador. No ano de 1939, 100 nadadores que descansavam na Baía Falsa, na África do Sul, disseram ter avistado o Holandês Voador.
A Marie Celeste foi construído na Nova Escócia (Canadá) em 1861 e chamava-se Amazon. Em 1869, foi rebatizado como Marie Celeste e com este nome entrou para o rol das lendas sobre navios-fantasma. A troca foi uma tentativa de mudar o "astral" do barco, que sofrera muitos infortúnios e teve muitos proprietários. Providência inútil. Ele parecia maldito desde o começo. Em sua última viagem, em novembro de 1872, partiu de Nova Iorque com um carregamento de metanol, oito tripulantes e dois passageiros. Seu destino era Gênova, Itália. Em dezembro daquele ano foi encontrado à deriva no arquipélago de Açores (território de Portugal), inteiro, com a carga intacta porém deserto. Parecia ter sido deliberadamente abandonado. Manchas de sangue foram encontradas na amurada e uma espada, também marcada com sangue estava escondida debaixo da cama do capitão. O que aconteceu no navio, ninguém soube jamais.
Constellation, o mais antigo navio da frota americana é uma fragata à vela, veloz nave de guerra. Foi construída entre 1794 e 1798 e equipada com 36 canhões. Depois de 63 anos de históricos serviços prestados à Marinha dos Estados Unidos, foi "encostada". Durante alguns anos, reformada, serviu como navio-escola da Academia Naval de Annapolis (Maryland). Enfim, desativada e abandonada começava a deteriorar quando, por iniciativa dos cidadãos de Baltimore (também em Maryland), foi restaurada e aberta à visitação pública, em 1968.
Logo, o zelador do navio começou a suspeitar de assombrações baseado em relatos de visitantes que testemunharam estranhas aparições. O caso chamou a atenção do pesquisador de fenômenos paranormais Hans Holzer que começou a investigar auxiliado pela medium Sybil Leek. As impressões da medium, devidamente gravadas e documentadas passaram à análise do pesquisador. Foi comprovado que as personagens das visões de Leek no Constellation tinham, de fato, existidas. Eram quatro fantasmas e pertenciam a épocas diferentes.
O Capitão Thomas Thruxtum, que em 1799 comandou uma batalha naval contra o navio francês l'Imergent. Thruxtum descobriu um marujo, Neil Harvey, que devia estar de sentinela, escondido, com medo no meio da luta. Condenou-o à morte na boca do canhão nº 3, morte indigna, reservada aos traidores e covardes. O capitão e os condenados eram as duas assombrações mais antigas. Um jovem grumete era a terceira: fora assassinado por dois marinheiros, à bordo, em 1822. O fantasma mais recente era o dinamarquês Carl Hansen, que dedicou sua vida ao navio como vigia; morava na embarcação. Aposentado de sua função em 1963, jamais se acostumou com a vida longe do barco. Já velho, morreu sozinho num asilo, sem família, sem lar, sem amigos. Desencarnado, voltou a habitar o Constellation, única referência afetiva tinha neste mundo.