A Paixão de Cristo II

Trecho tirado da escritura do Evangelho de São Mateus


Jesus foi conduzido à presença do governador, que lhe perguntou: “Tu és o Rei dos Judeus?” Jesus respondeu: “Tu o dizes.” Mas, ao ser acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos, nada respondeu.


Pilatos disse-lhe, então: “Não ouves tudo o que dizem contra ti?” Mas Ele não respondeu coisa alguma, de modo que o governador estava muito admirado.

Ora, por ocasião da festa, o governador costumava conceder a liberdade a um prisioneiro, à escolha do povo. Nessa altura havia um preso afamado, chamado Barrabás. Pilatos perguntou ao povo, que se encontrava reunido: “Qual quereis que vos solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?” Ele sabia que o tinham entregado por inveja.

Enquanto estava sentado no tribunal, a mulher mandou-lhe dizer: “Não te intrometas no caso desse justo, porque hoje muito sofri em sonhos por causa dele.” Mas os sumos sacerdotes e os anciãos persuadiram a multidão a pedir Barrabás e exigir a morte de Jesus. Tomando a palavra, o governador inquiriu: “Qual dos dois quereis que vos solte?” Eles responderam: “Barrabás!” Pilatos disse-lhes: “Que hei-de fazer, então, de Jesus chamado Cristo?” Todos responderam: “Seja crucificado!” Pilatos insistiu: “Que mal fez Ele?” Mas eles cada vez gritavam mais: “Seja crucificado!”


Pilatos, vendo que nada conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos na presença da multidão, dizendo: “Estou inocente deste sangue. Isso é convosco.” E todo o povo respondeu: “Que o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos!” Então, soltou-lhes Barrabás. Quanto a Jesus, depois de o mandar flagelar, entregou-o para ser crucificado.

Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e reuniram toda a corte à volta dele. Despiram-no e envolveram-no com um manto escarlate. Tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e uma cana na mão direita. Dobrando o joelho diante dele, escarneciam-no, dizendo: “Salve! Rei dos Judeus!” E, cuspindo-lhe no rosto, agarravam na cana e batiam-lhe na cabeça. Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto, vestiram-lhe as suas roupas e levaram-no para ser crucificado.


À saída, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e obrigaram-no a levar a cruz de Jesus.


Quando chegaram a um lugar chamado Gólgota, isto é, “Lugar do Crânio”, deram-lhe a beber vinho misturado com fel; mas Ele, provando-o, não quis beber. Depois de o terem crucificado, repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte. Ficaram ali sentados a guardá-lo. Por cima da sua cabeça, colocaram um escrito, indicando a causa da sua condenação: “Este é Jesus, o rei dos Judeus.” Com Ele, foram crucificados dois salteadores: um à direita e outro à esquerda.


Os que passavam injuriavam-no, meneando a cabeça e dizendo: “Tu, que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és Filho de Deus, desce da cruz!” Os sumos sacerdotes com os doutores da Lei e os anciãos também zombavam dele, dizendo: “Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é o rei de Israel, desça da cruz, e acreditaremos nele. Confiou em Deus; Ele que o livre agora, se o ama, pois disse: ‘Eu sou Filho de Deus!” Até os salteadores, que estavam com Ele crucificados, o insultavam.

Desde o meio-dia até às três horas da tarde, as trevas envolveram toda a terra. Cerca das três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: Eli, Eli, lemá sabactháni?, isto é: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?


Alguns dos que ali se encontravam, ao ouvi-lo, disseram: “Está a chamar por Elias.” "Um deles correu imediatamente, pegou numa esponja, embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa cana, dava-lhe de beber. Mas os outros disseram: “Deixa; vejamos se Elias vem salvá-lo.” Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.

Então, o véu do templo rasgou-se em dois, de alto a baixo. A terra tremeu e as rochas fenderam-se. O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o tremor de terra e o que estava a acontecer, ficaram apavorados e disseram: “Este era verdadeiramente o Filho de Deus!”


Mais por que Jesus morreu?
Para nós libertar do pecado, para nós salvar do diabo ou para prendê-lo.
Na verdade Jesus nos salvou das mãos do diabo, nos libertou de todos os pecados, pois a última gota de seu sangue ao cair na terra prendeu o diabo no inferno...

Postar um comentário

Anterior Próxima

نموذج الاتصال