O termo "Cinzas"
refere-se à prática de colocar cinzas na testa dos fiéis em forma de cruz como
um sinal de penitência e humildade. As cinzas utilizadas são geralmente feitas
queimando os ramos de palmeira abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior.
Durante as celebrações da Quarta-feira de Cinzas, os fiéis são lembrados da sua
mortalidade e da necessidade de arrependimento.
Além de marcar o início da
Quaresma, a Quarta-feira de Cinzas é um dia de jejum e abstinência de carne
para muitos cristãos, como uma forma de se preparar espiritualmente para a
celebração da Páscoa, que comemora a ressurreição de Jesus Cristo.
Estes ritos nasceram como uma
manifestação de devoção popular entre os séculos 3º e 4º, mas foi oficializado
na liturgia pelo Gregório Magno (540-604), na virada do século 7º. “Foi
chamada por ele de ‘capite ieiunii’, ou seja, o dia em que se começava o jejum.
As cinzas carregam duas
simbologias: A primeira é a ideia da efemeridade da vida, do fato de que quando
Deus disse (no Antigo Testamento) de que das cinzas viemos e às cinzas
voltaremos, era para lembrar que o ser humano é pequeno diante da grandeza de
Deus. A segunda questão é a do arrependimento, da penitência.
Existe muitas referências bíblicas, nelas, o uso das cinzas aparece tanto para a purificação e a penitência quanto para lembrar a relatividade da vida.