A lenda do Bradador é uma das histórias de terror
mais curiosas e menos conhecidas do folclore brasileiro, principalmente contada
em regiões rurais do Nordeste e do interior do Brasil. Ela
mistura elementos sobrenaturais com um clima de mistério arrepiante, semelhante
a outras figuras folclóricas.
Há quem diga que o Bradador foi, em vida, um homem muito
perverso: um senhor cruel, que maltratava pessoas, cometia injustiças e
nunca se arrependia. Quando morreu, sua alma não encontrou descanso. Como
castigo, foi condenado a gritar pelas noites, assustando quem ousa
caminhar sozinho depois do pôr do sol.
Outras versões contam que era um vaqueiro perdido:
ele desapareceu misteriosamente durante uma tempestade e nunca mais foi visto.
Dias depois, começaram a ouvir seus gritos ecoando pelos vales. Dizem que ele
ainda procura o caminho de volta para casa — mas nunca encontra.
Alguns relatos populares afirmam que quem responde ao
brado — gritando de volta — pode ser amaldiçoado ou atraído para a mata,
onde desaparece. Entre moradores antigos, o Bradador serve como alerta:
ninguém deve andar sozinho à noite, especialmente por caminhos desabitados.
Também simboliza a ideia de que as más ações em vida têm consequências,
mesmo depois da morte.